domingo, 19 de junho de 2016

Sintomas da gravidez

No meu caso, tudo começou com um atraso da menstruação, que sempre foi muito regulada. Nos primeiros dias não levei muito à sério, pois todos os sintomas eram pré-menstruais, u seja, sentia tudo como se fosse menstruar:

- Cólicas
- Inchaço
- Dor nos seios

Mas os dias passavam e a menstruação não vinha, eu me sentia "entupida", então na minha cabeça comecei a me dizer que tinha que ir ao médico de qualquer jeito, pois ou estava grávida ou estava com algum problema.

Poderia ter feito um teste de farmácia, já que ocasião* de engravidar não tinha faltado e é o que recomendo à todas que estão com duvidas. Não fiz por razões pessoais, estava de férias na casa dos meus pais, sem muita privacidade para ir em uma farmácia comprar o teste, além disso minha família conhece bem todas as farmácias dali e seus funcionários (a informação iria se espalhar). Eu também me dizia que não tinha urgência, poderia esperar voltar para casa. 

Algumas mulheres não têm os mesmos sintomas (ou estão menos atentas ao seu corpo) e podem não notar a ausência de menstruação pois sempre tiveram um ciclo irregular ou períodos de amenorréia (=ausência de menstruação). Outras podem ter perdas de sangue, geralmente no período que coincide com o habitual, que é muito comum (fala-se que o corpo tem uma memória)

Sobre os famosos enjôos e náuseas, na verdade eles aparecem um pouco mais tarde. E eu que achava que eles eram "obrigatórios", para minha total satisfação, fiz parte dos 50% de mulheres que desconhecem os enjôos na gravidez! 

O importante é lembrar:
- *Uma unica relação é o suficiente para engravidar - não existe isso de "ah, mas foi só uma vez"... Basta ter coincidido com o dia fértil!
- Ejaculação: mesmo que o homem tenha ejaculado "fora" (coito interrompido), existe sempre um risco de gravidez, pois mesmo antes da ejaculação existem espermatozóides (em pequena quantidade, mas existem), no que se chama líquido pré-ejaculatório ou lubrificante.
- Sem querer deixar ninguém paranóico, mas com o objetivo de informar, uma contracepção oral (do tipo pílula) ou mecânica (do tipo camisinha) não elimina 100% dos riscos ou chances (depende do ponto de vista!) de engravidar, mesmo se a eficiência desses métodos são "quase" de 100%.
- E se existe uma pequena suspeita de gravidez, melhor mudar alguns hábitos: evite o consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Limite igualmente o consumo de café e chá (preto e verde). Não tome nenhum medicamento sem prescrição médica e sem informar ao médico sobre a (possível) gravidez. Se segue algum tipo de tratamento, informe-se com um médico ou farmacêutico. Atenção aos óleos essenciais e atividades físicas de risco. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Grávida pela primeira vez


A minha gravidez causou muita surpresa ao meu redor, tanto da família, dos amigos quanto dos colegas de trabalho.
Muitos vieram me dizer: "eu sempre achei que voces não quisessem ter filhos!"

Bom, não é questão de me justificar, mas acho bom colocar os "pontos nos is":

Nunca gostei dessa pressão para engravidar assim que a gente se casa ou atinge uma certa idade, e foi sinceramente o que senti desde o casamento. Se antes eu nunca tinha pensado muito no assunto "ter filhos ou não tê-los" (eis a questão para muita gente), quando me casei, no início o mais importante era curtir o marido, a casa, nossa vida à dois, e ao mesmo tempo desenvolver a minha carreira na Franca, onde moro desde 2008.

E a gente estava tão bem na nossa vida que o assunto filhos nunca foi tema de debate no nosso casal. Muito rápido as pessoas vinham nos perguntar e a gente respondia que ainda não era hora, e aos poucos acho até que comecei a ser totalmente meio grossa, pois para mim essa é uma decisão do casal. Para a maioria da população é tão "natural" ter filhos, como se fosse impossível para um casal imaginar a vida sem, como se não tivessem muitas vezes nenhum outro interesse em comum.

Sem contar que se a gente não tem filhos, somos logos rotulados de "egoístas", e para mim egoístas eram mais as pessoas que diziam "com filhos nunca mais vou me sentir sozinha; deixarei algo para a posteridade", e por aí vai. Eu sempre gostei de estar sozinha e a vida de casal nem sempre foi fácil para mim por causa disso. Então, nenhum medo de ficar sozinha. Meu marido é bem "grude", muito conversador, não me deixa tranquila nem um minuto, toda hora precisa me contar alguma coisa, colocar uma música, me mostrar algo. Imagina uma criança full time?

Talvez também por ter começado a aproveitar a vida relativamente tarde e ter me tornado "independente" mais tarde, eu ainda queria viver muitas coisas, e uma delas era viajar.
Sei que muita gente viaja com crianças ou mesmo com bebês, mas tanto meu marido quanto eu achamos que algumas viagens a gente evitaria fazer com crianças (no início), tanto pelo ritmo cansativo quanto pelas dificuldades locais. Se quando você está na sua casa não vai a um aniversário porque o filho amanheceu com febre, diarréia ou vômitos, imagina estar com um vôo programado ou já estar do outro lado do mundo sem conhecer nenhum médico ou hospital de confiança, e as vezes sem falar a língua? E assim a cada vez a gente tinha um projeto e adiava a decisão.

Alguns ainda me diziam: um dia vai cair a ficha, vai bater "aquela vontade". Esperei até os 35 anos e não caiu a ficha. Na minha cabeça me sentia superjovem e poderia esperar ainda uns 5 anos, mas como mulher, a gente vai lendo e vê que não temos "todo o tempo do mundo". Sim, algumas mulheres têm o primeiro filho aos 42 anos, mas isso é muito mais a exceção que confirma a regra, e não é sem riscos. Foi então que começamos a pensar seriamente e dia 1o. de janeiro tomamos a nossa decisão: vamos começar a tentar, se der certo é porque era para a ser, se não der certo não seremos infelizes sem filhos.

15 dias depois a menstruação não veio. 
Depois vieram todas as confirmações: teste de farmácia, de laboratorio, ecografia... E a ficha ainda não caía que eu estava "supergrávida". 
Hoje já se passaram alguns meses, estou com 25 semanas e posso dizer que estou vivendo uma gravidez muito tranqüila, estou muito de bem com a vida e comigo mesma, não tive náuseas, enjôos, a tal ponto que a minha vida segue praticamente tão normal que não fosse a barriga (e seios) que não entram mais nas minhas roupas, os movimentos, um pouco mais de cansaço e vontade de comer algumas coisas outras não, tudo pareceria igual.

Tenho me sentido tão "zen", antes coisas que me preocupavam sobre a gravidez ou ter filhos agora nem me passam pela cabeça ou então eu penso "isso não é tão importante". Tenho a impressão que estou vivendo o momento presente, não consigo ainda me projetar para o futuro e nem quero que as pessoas me apressem.

Tudo no seu tempo.
Parece que de novo tenho todo o tempo do mundo...